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Raiva reaparece na Península Ibérica após 40 anos

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Raiva reaparece na Península Ibérica após 40 anos Empty Raiva reaparece na Península Ibérica após 40 anos

Mensagem por Admin Sex Set 27, 2013 2:28 pm

Esta notícia não tendo a ver diretamente com a apicultura, não deixa de ser relevante para a mesma porque não só alerta para os perigos de não fazer as vacinas antirrábicas aos cães, como a grande maioria da prática apícola é desenvolvida na natureza, estando por isso e de certa forma o apicultor exposto e essa possibilidade de contágio, para alem de uma mordidela de cão, e não só pois há mais mamíferos que nos podem infetar.

Publicado em 27 de Setembro de 2013.


A raiva é uma doença contagiosa, transmissível ao homem por outros mamíferos, e cuja vacinação dos cães é obrigatória, em Portugal, desde 1925. Apesar de a doença estar praticamente erradicada na Península Ibérica há pelo menos 40 anos, este ano foi detectado um caso em Espanha, num cão vindo do Norte de África.

Em países em que a vacinação é obrigatória há vários anos, a raiva surge, normalmente, pelo contacto de humanos ou animais domésticos com animais que se infectaram nas zonas endémicas – América Central e do Sul, Ásia e África – ou através da importação de animais.

A proximidade de Portugal e Espanha ao Norte de África (região considerada endémica) é um factor de risco que não deve ser descurado e, pelo contrário, deve incentivar à vigilância e à vacinação dos animais de companhia.

Embora a doença esteja relativamente controlada no mundo, há registo de cerca de 55.000 mortes por ano, na grande maioria de crianças e jovens com menos de 15 anos, e de um número indeterminado de animais de companhia.

“Ainda persiste a ideia de que a raiva apenas existe nos cães, mas a realidade é que também os gatos ou os morcegos, por exemplo, podem ser portadores do vírus e transmiti-lo aos humanos – esse contágio pode ser facilmente evitado com vacinação”, explica Rodolfo Neves, médico veterinário.

A “cadeia” de prevenção da raiva deve ser entendida em três níveis. O primeiro é composto por animais da fauna silvestre, como os morcegos, as raposas, os lobos ou os javalis, que são considerados o “reservatório natural” da doença. Uma vez que a probabilidade destas espécies atacarem os animais de companhia é elevada, tal como é a destes últimos morderem os humanos, a prevenção deve incidir no nível intermédio: cães (cuja vacinação é obrigatória por lei) e gatos.

“É mais eficaz vacinar os animais de companhia, principalmente os cães, do que as pessoas; é por essa razão que a legislação prevê a vacinação obrigatória dos primeiros”, esclarece o especialista.

A raiva é transmissível através da saliva, ou seja, pela mordedura de um animal infectado. É quase sempre mortal, uma vez que o vírus atinge as células do Sistema Nervoso Central e a sua progressão é tão rápida quanto mais próxima for o ponto de entrada em relação à cabeça.

Para prevenir contágios, os animais devem ser vacinados regularmente e os profissionais que lidam com animais, principalmente abandonados, devem optar também por este tratamento preventivo.
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